terça-feira, maio 12, 2009

Dezembro


Sinto o ar diferente em dezembro
Meu corpo responde
farejo novidade
O sol está diferente, um pouco mais solene.
O vento calou-se, mas ainda assobia.
Meu coração perturbou a maré de quinta à tarde
Meu sono mudou de súbito a mente do pássaro veloz
Seu ritmo jaz descompassado
A natureza sussurrou uma canção divina e eu escutei
Escutei e calei, parei tudo o que fazia
E disse com ar de senhora de si: olha, mudou...
Depois continuei errando o caminho de antes
Mas não era mais a mesma, tinha mudado com a natureza.
É que entendi a anunciação
Contemplando a janela que dava para os mistérios da noite
Minha janela sempre dá para os mistérios da noite
Com suas nuvens púrpuras,
Minha janela sempre me diz alguma coisa...
Sobe agora por minhas pernas uma brisa fria
Não é qualquer brisa
É um fiapo de brisa gelado
Em dezembro
Poderia ser em qualquer mês
Mas eu a sinto em dezembro
Ela desce para mim
Nós dançamos um espetáculo de mistério
Que minha alma entende, mas eu não sei explicar
Talvez seja isso que o lobo saiba também...
Talvez seja isso que faça o passarinho voar...

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei mais!

adorei mais!

adorei mais!

continue, tu finalmente está me agradando, quélia!

:P