segunda-feira, setembro 11, 2006

quem não pensa nela?

Ao aviso de chegada
ser da agonia que desperta
dalém mar, dalém terra
dalém donde possam ver
quiçá mortais os olhos que inda refulgem
chegando de viagem muito menos esperada
que a todo bom vivant arrepia
as vezes maldita e sombria
ora carimba enlevo pessoal
na fogueira vaidosa de alguma religião
menos festejada por beatas, padres e sacristia
cruzes, corujas, lua cheia
a rechear fantasia
de quem ainda não pode voltar
desgaste de nervos,sensações difusas
romagem de lágrimas
e saudades ditas eternas [como se o mero desejo a traspassasse]
na lápide jaz novo nascimento
com nome,data e testemunho
e sacrifício e banquete
do verme ao ladrão
se desfazendo em dor de mãe
ignorando sonhos típicos da fase
encerrados no cerrar palpebrado
será quando vale o mármore
nele que ardam de agora
expectativa naturalista
a corroer despojo frio e suculento
verme e ladrão
confundem-se novamente em vã filosofia
no apodrecer da carne tudo se equivale...
mas fico
para os que ainda vão
em coisas minhas
imprimo rosto em fitas azuis e vermelhas
em centavos esmolados do destino...
prometa-me que fico em ti meu cavalheiro e dou-te meu coração que já não bate mais
já não pulsa mais aquele a quem buscaste,
prometa-me mesmo assim meu senhor
e avanço a posteridade
nas folhas de meu caderno, na saliva
deixo suspiros suspensos no ar
como lembrança a quem queira
de quem por aqui amou, sonhou
e sentiu cada gota de chuva como se fosse a última...

5 comentários:

Anônimo disse...

eu penso!!!!!

Anônimo disse...

that's great!!!

Anônimo disse...

o ''anônimo sou eu'' kkkkkk

Anônimo disse...

gostei do final! :)

:*

Anônimo disse...

seus finais estão bem, obrigado, né?