Ao aviso de chegada
ser da agonia que desperta
dalém mar, dalém terra
dalém donde possam ver
quiçá mortais os olhos que inda refulgem
chegando de viagem muito menos esperada
que a todo bom vivant arrepia
as vezes maldita e sombria
ora carimba enlevo pessoal
na fogueira vaidosa de alguma religião
menos festejada por beatas, padres e sacristia
cruzes, corujas, lua cheia
a rechear fantasia
de quem ainda não pode voltar
desgaste de nervos,sensações difusas
romagem de lágrimas
e saudades ditas eternas [como se o mero desejo a traspassasse]
na lápide jaz novo nascimento
com nome,data e testemunho
e sacrifício e banquete
do verme ao ladrão
se desfazendo em dor de mãe
ignorando sonhos típicos da fase
encerrados no cerrar palpebrado
será quando vale o mármore
nele que ardam de agora
expectativa naturalista
a corroer despojo frio e suculento
verme e ladrão
confundem-se novamente em vã filosofia
no apodrecer da carne tudo se equivale...
mas fico
para os que ainda vão
em coisas minhas
imprimo rosto em fitas azuis e vermelhas
em centavos esmolados do destino...
prometa-me que fico em ti meu cavalheiro e dou-te meu coração que já não bate mais
já não pulsa mais aquele a quem buscaste,
prometa-me mesmo assim meu senhor
e avanço a posteridade
nas folhas de meu caderno, na saliva
deixo suspiros suspensos no ar
como lembrança a quem queira
de quem por aqui amou, sonhou
e sentiu cada gota de chuva como se fosse a última...
Sobre vivência
-
Eu atendo vítimas de violência sexual. E, diferente do que você pode
imaginar (e eu mesma imaginei), não é tão pesado fazer isso. Pesadas são as
histórias,...
Há 8 anos
5 comentários:
eu penso!!!!!
that's great!!!
o ''anônimo sou eu'' kkkkkk
gostei do final! :)
:*
seus finais estão bem, obrigado, né?
Postar um comentário