Não, não há outro motivo pelo qual escrevo
Ninguém nasceu, ninguém morreu
A doença ainda não acometeu nenhum dos membros
dessa família e as crianças ainda estão feito loucas correndo pela casa...
E antes que me perguntes, ainda não consertei a fechadura do portãozinho de entrada
Aquele paletó ainda está sem botão também, eu sei, eu não tomo jeito, tu sempre dizes e provavelmente estás pensando agora...
Sei que isso não é assunto pra agora já que temos muitas contas a pagar
Tenha um pouco mais de paciência e tudo se resolve, não sou eu que estou dizendo?
Mas é que tu dominaste e continuarás a dominar
As reentrâncias cavernosas de meu ser
Tu és o grito ecoando solitário entre as fendas vazias de mim
Um tipo felino mesmo sabe? Se vira tão bem no escuro!
É que não sei dizer essas coisas, mas se eu fosse chuva tu serias os trovões
Se eu fosse terra, então serias as sementes das flores...as flores...
Perpetuas teu domínio com espetáculo em cada cantinho do meu pensar
Reinas absolutamente
Soberanamente te estendes em cada detalhe
Penso que o ato a mim não mais pertence
E nessa ausência, estou conjugando contigo, no tempo, o forte verbo
E mostrando no espaço, que se burlam limites sim
Até o horizonte, que lá se encontrem!
Ao inferno todos eles que nos impedem de fluir!!!
meu amor me entenda...
tu és toda minha tentação
a que faço questão de não resistir,
a todas as outras me aplico religiosamente ás leis da fé
o impossível, esse já não me interessa...então não reclame
vamos ficar juntos, como deve ser não é?
Com o exagero daqueles que se permitem
Peço licença a eternidade
Preciso viver esses instantes
Com a assinatura dos loucos, amor
Lavro mais essa
E com a redundante pieguice de todo amante
Até mais ver,
EU, o próprio amor....
2 comentários:
Meu preferido...
Gostei muito!
adorei o final.
é... ultimamente ando aprovando tudo! hehehe
parabénzis quélia!
beijin
;o)
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