segunda-feira, agosto 17, 2009

Lembrança de Athena


De onde vem essas nuvens róseas brancas azuladas

E o conforto azul que a manhã levanta?

De onde vem essa certeza carmim, que explodiu em mim, quando abatidos, meus olhos encontraram alento de memória?

Poeira branca se movendo no espaço guardado, irredutível entre um e outro piscar, nada me tira de ti... Pois eu me lembro.

Para longe sei que foste um dia

Restou a ausência de tuas cores netunianas, impressas nas linhas de minha magnitude

Mas já não somos os mesmos

Meus olhar prefere não lançar lágrimas ao vento

Aguça-se a acidez do desconforto que é não estar em ti, não estar vivendo em ti

Assentir que outros façam o que me era habitual, abrindo os braços a receber-te, agita-me a irreverência incólume.

Rasgados fomos um do outro, palmo a palmo.Dedo a dedo.

Mas o que ficou ainda suspira como vento

Que dói em nossas pernas,

em nossa última presença em nós mesmas


2 comentários:

Camila Sousa de Almeida disse...

saudosismo pesado, hein.
basta querer estar perto para estar, não lembra?! ;)

Anônimo disse...

bah!!

achei q eu nao ia gostar... mas foi perfeito.