domingo, maio 10, 2009

Da puta ao Dragão de bigodes*





Eu cansei da divagação alheia com entonação cúbica de não pertencer a isto aqui. Eu quero é ver alguma coisa realmente de fora. De fora da terra. De fora de mim. De fora dos mil olhos que vomitam realidade em meus poros cotidianamorficamente. Porque ninguém pertence, cu!

Não há discurso que valha. Só há necessidade. Não há pertence, nem estaca, nada pertence. Não é só o fulaninho ali nem vocezinha aqui. É tudo. Da puta ao dragão de bigodes. Por isso canso dessa separação eterna com os deuses que se esqueceram de acordar. Cansei do melaço gotejante, das pérolas musguentas de vaidades intelectuantes, dos pseudos- sabiduchos-barbotóideos e das tietíferas adoradoras de falos hablantes.
Eu quero o halo divino, merda!

Eu não vejo novela não, menino! Preciso dizer? Mereço um prêmio? Nem pulo janela... Até queria....Eu descanso em parapeitos, cansada dos gritos na minha cabeça. Eu fico na janela do quinto, pra ver o suicídio de meus pensamentos... Cascatóides catarriferos. Caralho, ninguém quer feiúra. Lamber feiúra. Ninguém quer...E eles num são bonitos não! São repetitivos, são clichês, cão sarnento! Pensamento e palavra servem pra quê?

Cala a boca, cala, eu não gosto de você. Nem de você. Nem de você. Sabe como é que eu me defendo? Balançando a bunda pra dentro e a cabeça pra fora. Eu vou embora.
Odeio ter virado moda dizer: eu não sou legal. Eu tenho um xuxu e ele é só meu...meu bem... Odeio essa felação diária do meu astral no alheio. Eu vou embora. Odeio que tenha virado moda comidinha natural, só porque os poucos que pensam (odeio quem descobriu o pensamento. Arouet cadê você?) que descobriram a moda no buraco mais próximo... se acham donos e únicos verdadeiros praticantes de qualquer nova moda que lhes apareça... Pro raio que os parta, parte raio, parte, parte!

Mas minha filha, tem que gostar e querer a coisa caladinha entendendo pra dentro, é? É. Explico só porque explodiu tudo aqui e foi merda pra todo lado, nem o kalanchoe aguentou, coitado. Mas depois não explico mais. Eu sei das coisas, sou cheia das sabiduria! Sabe quem eu já fui em vidas passadas? Já fui rei. Puta não. Todo mundo foi puta e eu comia as putas que todo mundo foi. Já fui mendigo, já empunhei um punhal, um terço, uma cobra, um baú bla bla bla. E agora eu num tenho mais o direito de mandar no meu próprio buraco???

Graças a deus, glória a deus, aleluia OM Tat Sat! É Shiva com Jesuis, é Maria com Cassandra, Krishna, Krishna, hare, hare. Dai que minhas roupas continuam as mesmas, de panozinho chinfrim sem graça e sem apologia, uma blusa de cor inteira com uma calça que vai rasgar daqui a pouco. Mas meu interior, madame Vortex, o buraco é todinho MEU, inteirinho, e lá não é preciso dormir para sonhar. Talvez o seu também, mas agora eu to falando de mim, se cale. Lá a vaca voa e urubu come maçã...

Este é um aforismo de Magdalena para Carmem. Benditas sejam vossas lagrimas e vossos pregos. O resto pra mim é arco-iris. Eu vou embora. Você também.

Amem?


* revisto e editado pela Srta Preta Pezuda

Um comentário:

Anônimo disse...

suquinho de maracujá p relaxar?

quélia, quélia cintra, vc!