quarta-feira, maio 21, 2008

Vertigem contorcionista

De manso jorrado vem o gozo
Nas circunferências bizarras do corpo
Nos espaços arcaicos
Nas cavernas absurdas da pele, se exprime o laço
Quanto mais cai, mais cresce
De lado
afago afoga
Ofegante arfada
Querenando, baloiçando os navios nágua
Subindo e descendo,
inspirar imenso , denso

De nuvens e cheiros mensuráveis
Em contorcionismo mágico
Tudo que se torce sente prazer
Como língua que sentiu sabor
No suco quente do fruto que se doou
Como corpo que achou em outro a vertigem própria
Dos seres que se balançam
O sumo do prazer de coqueiro é coco
Que vento vem e retorce
dança ritmada das vagas nas alcovas,
ou não
lá na escuridão
Dor e prazer se difundem ventre abaixo
Se confundem peitos, mãos, cabelos,
Gritos acima, em cima, por cima
Nem tudo que se contorce é dor
Nem tudo que é macio é travesseiro
Nos vultos que se movem
Mistura fina de lábios grossos e exploração

3 comentários:

Anônimo disse...

erh.... hum.... é!

hahah

:* quélia!

Ivan de Aragão disse...

Uouh... yeah... assim... veja bem...
hehehe haannn hehe...

Anônimo disse...

hahahahaha

atualiza quélia!

:*