sábado, janeiro 13, 2007

Lágrimas ocultas


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...


E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!


E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...


E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca




vai poesia. fala por mim e conta o que não sei dizer...

4 comentários:

Anônimo disse...

lágrimas e chuvaaa molha o vidro da janela.. nanana.. lembrei da musik assim q li o titulo... mas nem li o conteudo... hehee
vou ler comento ja perae
:*

Anônimo disse...

nossa quélia...
quer chorar no meu ombrinho? :)
hehehe
outro beijinho :*

Anônimo disse...

=]
...na 2 linah reconheci q era ela..msm sem quase nunac a ter lido ( espanca)

comentariso apeans dos peoams han?

Ivan de Aragão disse...

Já me apaixonei por esta mulher.
Salve Florbela!