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Por entre torres brancas em cascatao sol poente desfibrilasobre passos nus e recalcadosgeme a rosa ardente da oraçãoTrago meu corpo humilde e cansadoe me rasgo perante a benção da extrema unçãooh agora não!ainda não minha mãezinhaque não pequei por ter amadoque não chorei sem sentir dorMe permita viver mais um bocadobeijar o lábio, tocar o corposacralizar meu prazerou manchar o alvo chão de açucar e água,ó minha carne compungidaabsorvea última seiva da humanidadee morre!

Eu sinto a falta dos perfumes do centro
das lojas velhas
das frutas podres
meu paladar arcaico é uma velha nostálgica moribunda
Sou velho lobo do mar
ando pelo mercado a oferecer meu pescado
desejoso das ervas finas do amor
os escalda-pés, os banhos matutinoscontudo me aproximo da relva domingo de manhã
e dou meus últimos suspiros...
perante a exuberância do sol eu dito: não morrerei de amore ele consenteum cumprimento leve entre velhos conhecidos
Acudam
Monalisa me sorriuA lua tava cheia, fazia frioMeu copo estava vazioEra todo de silêncio seu olharNada, nenhum som orvalhava o horizonteSó as mãos plácidas, pontuaisde Monalisa...Quando ela sorriufoi meu coração destrambelhadoque virou música