De manso,
Jorrado
Vem
O gozo...
Não houve amor naquele instante
Foi apenas uma viagem na maciez das carnes expostas
Entregamos nossos corpos ao esquema bizarro da nudez precoce
Sem compromisso, usufruindo uma a uma das peças no ato
Como quem come bagos de jaca em tardes quentes
Sem culpa e sem pressa
Pausadamente para não enjoar
E depois veio o descanso
A pausa do pensar
Foi quando as pálpebras se alargaram à altura dos sonhos
E consumiram as mãos já entrelaçadas
Que fazer com a placidez desse olhar?
Já disseram que olhos são como olhos, não falam, mas dizem olá
Mas esses olhos se calam
Não me julgam os olhos plácidos
Velam meu piscar
Nada esperam
Saciam-se sugando todo meu segredo inadvertidamente
Levito sem ser deus
E me sinto bem nessa janela
E através dela apenas a alma regando a terra
Inundando a terra,
Molhando a sede
É gostoso observar a quietude desse ser, deixar-se parada no tempo
E voar feito pluma leve de algodão... Ser o agora no fluxo do instante
Amar sem palavrear o afeto
Deixando apenas que o mover suave das pálpebras, na implosão de seus absurdos surreais, ditem o ritmo e o rumo dos espíritos em globos errantes.
2 comentários:
tranquila mente
no mais, sem palavras...
:)
Impróprio p menores!
:P
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