Eu falo muito.
E falando eu descobri que o que falo é o que não sinto, sempre foi.
O que não falo é minha sabedoria,
O dom de fazer-me de tola põe a prova os homens e suas idéias mal formadas
Serve para conhecer suas entranhas, para assisti-los naufragar em um mar de vaidades infundadas.
Rindo-me por dentro,
Indignando-me por fora.
Pois o que sei é o que calo
É o que fica ecoando nas entrelinhas de um silêncio, quase fúnebre.
A sabedoria é uma mulher triste.
E só o coração sabe escutá-la.
Apenas duas mãos juntas podem dizer, palma a palma.
E a boca só entra na história como coadjuvante de um beijo
Pois beijo de amor se beija com a alma
E de corpo inteiro.
O meu beijo verdadeiro foi aquele que não dei
Aquele que está grudado em meu silêncio até hoje
E que me deixa sempre no limite de deixar pra trás quem amo
De virar-se contra tal objeto e com tal desinteresse fingir que acabou.
Sim, foi amando que aprendi a ser atriz.
Aprendi também a desprezar as tolices que saem da boca dos bem intencionados
Para apoiar-me em minha loucura
Sabendo que só ela, nas extremidades do que digo e do que guardo,
Do que é meu e do que sinto, poderia ser a única a salvaguardar minha dignidade.
E falando eu descobri que o que falo é o que não sinto, sempre foi.
O que não falo é minha sabedoria,
O dom de fazer-me de tola põe a prova os homens e suas idéias mal formadas
Serve para conhecer suas entranhas, para assisti-los naufragar em um mar de vaidades infundadas.
Rindo-me por dentro,
Indignando-me por fora.
Pois o que sei é o que calo
É o que fica ecoando nas entrelinhas de um silêncio, quase fúnebre.
A sabedoria é uma mulher triste.
E só o coração sabe escutá-la.
Apenas duas mãos juntas podem dizer, palma a palma.
E a boca só entra na história como coadjuvante de um beijo
Pois beijo de amor se beija com a alma
E de corpo inteiro.
O meu beijo verdadeiro foi aquele que não dei
Aquele que está grudado em meu silêncio até hoje
E que me deixa sempre no limite de deixar pra trás quem amo
De virar-se contra tal objeto e com tal desinteresse fingir que acabou.
Sim, foi amando que aprendi a ser atriz.
Aprendi também a desprezar as tolices que saem da boca dos bem intencionados
Para apoiar-me em minha loucura
Sabendo que só ela, nas extremidades do que digo e do que guardo,
Do que é meu e do que sinto, poderia ser a única a salvaguardar minha dignidade.