quarta-feira, maio 17, 2006

Bodas de fumaça e vento


À solidez singular do móvel amadeirado
posto o incenso está
Ali no quartinho de canto
no cantinho do quarto
o incenso a queimar se corrompe em fumaça
enquanto o vento
enamorado do aroma de noz moscada
pela janela o vem visitar
...vítimas circunstanciais
do fogo que acendeu a chama
inevitáveis transformações
da matéria ao olfato
apoiado em solidez indubitável
um casamento é realizado
a fumaça dá mão ao vento
ante olhos de pintor
nessa dança livre
perde-se minutos lúdicos
ou olvida-se a dor
...a lua de mel da fumaça e do vento
beijou minha noite
ali no quartinho de canto
bem no canto do quarto...

Um comentário:

Anônimo disse...

q mimoso!
mesmo mesmo!
=)